Glenda Souza Neves, Danielle Cardoso Albuquerque Maia Freire

As células-tronco são células com capacidade de autorrenovarão e diferenciação em outros tipos celulares. Elas podem ser embrionárias ou adultas. Dentre as adultas estão as células mesenquimais. São capazes de se diferenciar em adipócitos, osteócitos e condrócitos. Os dentes e seus tecidos adjacentes são fonte desses tipos celulares. As células-tronco da polpa dental e da papila apical vem sendo amplamente estudadas, pois tem demonstrado alto poder em regenerar tecidos lesados. Quando o tecido pulpar é necrosado, seja por presença de cárie extensa, anomalias de desenvolvimento ou traumatismos e o dente atingido estiver em estágio de formação radicular, a maturação desta raiz não mais acontecerá. O tratamento endodôntico está indicado, porém o mesmo será desafiador, visto que o ápice radicular não está completo e as paredes dentinárias estão friáveis. A revascularização pulpar então se torna o tratamento mais indicado, visto que se baseia na estimulação das células-tronco, sendo um procedimento que tem como interesse regenerar parte do complexo dentino pulpar, estimulando a continuidade do desenvolvimento radicular. Nessa perspectiva o objetivo desse estudo foi discutir, a importância da terapia de revascularização pulpar por meio das células-tronco nesse tratamento regenerativo e os desafios dessa nova abordagem terapêutica. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica narrativa. Foram utilizados artigos científicos publicados nos últimos 10 anos na língua portuguesa e inglesa, disponíveis nas bases de dados BVS Web of Science, Scielo, LILACS e Google acadêmico.