João Pedro Rodrigues Santos, Alessandra Borges Sanches de Oliveira

A impressão 3D, ou prototipagem rápida como era conhecida, foi criada na década de 80 pelo engenheiro Charles (“Chuck”) Hull. Atualmente diversos pesquisadores da área de saúde têm pesquisado sobre o uso dessa tecnologia voltada a saúde humana. A bioimpressão 3D, como é conhecida, corresponde a um conjunto de técnicas que consiste no posicionamento exato camada por camada de materiais biológicos, biotinas e andaimes vivos, bem como o controle espacial da colocação de componentes funcionais, tornando este um dos processos mais complexos. Atualmente devido a diversos fatores como a falta de doadores suficientes, falha na sinalização de óbitos por morte cerebral, erros na captação de órgãos, reações imunológicas que levam a rejeição do tecido ou órgão transplantado, o tratamento por meio da substituição de órgãos e tecidos do paciente pode tornar-se ineficaz. Essa tecnologia em desenvolvimento vem sendo estudada em diversas áreas das ciências medicas principalmente na impressão de tecidos e órgãos funcionais para transplante, próteses, modelos anatômicos para estudo cirúrgico, no desenvolvimento de fármacos dentre outros. Apesar disso ainda existem obstáculos a serem superados principalmente no que se diz respeito aos materiais utilizados para o desenvolvimento das peças bioimpressas, no entanto, espera-se que com os avanços tecnológicos essa tecnologia possa ser totalmente e amplamente aplicada na saúde. Para o desenvolvimento desse artigo foi realizada uma revisão bibliográfica explicativa de caráter qualitativo utilizando trabalhos que abordam as aplicações, sistemas e métodos de bioimpressão, suas principais dificuldades e aspectos futuros com relação a essa linha de pesquisa, a partir de um recorte temporal de 20 anos (2002 a 2022). A bioimpressão 3D direcionada a saúde humana é promissora embora, necesssecite de diversos ajuste, para sua aplicabilidade de maneira abrangente.